LB
Talvez António Gedeão consiga ajudar a exprimir o que sentia quando cheguei à Psicofértil. Aqui vai :
"Impressão digital"...
Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
Que eu vejo no mundo escolhos
Onde outros com outros olhos,
Não vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos diz flores.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores
Uns outros descobrem cores
Do mais formoso matiz.
Nas ruas ou nas estradas
Onde passa tanta gente,
Uns vêem pedras pisadas,
Mas outros, gnomos e fadas
Num halo resplandecente.
Inútil seguir vizinhos,
Querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes.
Cheguei à Psicofértil no início de Outubro a ver escolhos, luto, dores e pedras pisadas na "aventura da maternidade". Sentia-me profundamente mal por tal como "todas" as mulheres não via gnomos, fadas e halos resplandescentes.
Não está inscrito nos genes de todas as mulheres que nunca teremos dúvidas nesta fase da nossa vida?
Por que razão nunca ninguém confessou os seus medos em público e escreveu livros sobre isso. Seria eu a única? Que ser humano horrendo! Que vergonha sentia e sofri sozinha alguns duros meses.
Na Psicofértil percebi que os escolhos (muito medonhos) existem, são reais, muitas mulheres os podem ver e têm uma origem.
Engravidei... já vejo um arco-íris e estamos a trabalhar para avivar as suas cores, tentaremos arruma-las (ou desarruma-las, ainda não sei bem) e no final sei que "somewhere over the rainbow" o céu será muito azul.
Ao meu médico especialista em infertilidade, desculpem, obstetra e à Psicofértil, obrigada por me ajudarem a percorrer esta caminhada.
Até breve.
PsicoFértil
2017-05-28T17:25:48+00:00
LB
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