FAQS
Vários estudos destacam a importância da existência que certos transtornos emocionais têm na repercussão da Infertilidade assim como o impacto e o modo como são vivenciados pelo casal. Uma vez que a Infertilidade constitui um momento de crise na vida do casal, a ansiedade, o stress e por vezes a depressão são aspectos emocionais vivenciados de forma bastante intensa, encontrando-se por vezes a camuflar certos sentimentos não menos importantes mas previsíveis como a culpa, a vergonha, a raiva, o medo, a desesperança e a apatia.
Nesta altura conturbada são muitos os pensamentos e sentimentos que assolam o casal, em particular ansiedade que invade o dia-a-dia, o humor deprimido, raiva, culpa e inveja irão emergir no seio do casal, levando este muitas vezes ao desespero e desajuste emocional que é condicionado pela implicação que o impacto da noticia. Porém todas essas emoções são legitimas e não só podem como devem ser trabalhadas para terem melhor aceitação e integração, conservando a auto-estima do casal.
Uma vez que o óvulo abandona o ovário, sobrevive cerca de 48horas e só durante este tempo poderá ser fecundado pelo espermatozoide, cujo poder de fecundação tem uma duração máxima de 72 horas.
No entanto não deve ficar “obcecado” pelo controlo da ovulação pois a ansiedade por uma gestação é contraproducente para a mesma, podendo prejudicar o relacionamento do casal.
Não existe uma idade estabelecida como limite que impeça o casal de procurar a Fertilidade. Depende muito da situação de cada casal, da sua saúde e do seu estado físico. No caso da mulher os 50 anos seriam um limite razoável uma vez que é desaconselhável qualquer tratamento de Fertilidade.
Após um ano de relações sexuais desprotegidas sem que estas resultem numa gravidez, pode-se começar a suspeitar da existência de alguma alteração.
A maturidade física e psíquica de uma mulher faz com que a idade ideal para ter filhos seja calculada entre os 25 e os 30 anos. Mas uma vez que a decisão de ter filhos é cada vez mais adiada por parte dos casais, podemos afirmar que a partir dos 35 anos a Fertilidade decresce, sendo que a partir dos 45 anos a possibilidade de engravidar é reduzida e excepcional.
Embora em termos médicos a distinção seja clara parece existir alguma confusão entre os dois conceitos.
A Esterilidade apresenta-se etiologicamente reconhecida como primária e secundária.
Esterilidade Primária: quando o casal após um ano de relações sexuais desprotegidas não consegue engravidar.
Esterilidade Secundária: quando o casal após o seu primeiro filho não consegue uma segunda gestação, depois de dois ou mais anos de tentativas.
A Infertilidade apresenta-se etiologicamente reconhecida como primária e secundária. Infertilidade Primária: quando um casal não consegue uma gestação que não chega a termo. Infertilidade Secundária: significa que ocorreu pelo menos uma gravidez e parto normal, mas actualmente o casal não consegue uma nova gestação a termo.
O período Fértil é produzido até metade de cada ciclo, sobre o 14.º dia num suposto ciclo de 28 dias. Comprova-se que 24 horas após a ovulação a temperatura basal sofre um aumento de 4 a 6 décimas. Este sintoma constituí a base do método de controlo que permite saber quais os dias em que ovula.
São diversas as causas que conduzem à Infertilidade. Entre as primeiras encontram-se o atraso na procura de descendência, o stress e ansiedade. A Infertilidade pode ainda resultar de causas médicas como a obesidade extrema, a anorexia nervosa, alterações de tiróide, abuso de drogas e medicamentos, álcool, tabaco e quimioterapia.
No caso da Ejaculação retrógrada o sémen durante a ejaculação pode refluir para a bexiga urinária em vez de ser expelido para o exterior através da uretra. A Anejaculação é uma disfunção sobre a ausência de erecção e/ou ejaculação que está associada a determinadas doenças crónicas como a Diabetes, determinadas medicações e distúrbios psicológicos, enquanto no caso da Azoospermia esta deve-se a uma obstrução ou a ausência congénita dos canais genitais excretores (epidídimo e canal deferente).
Frequentemente entre os casais que nos procuram, se observa um desgaste emocional que é mais acentuado ao longo dos ciclos de tratamento. Existindo dias em que principalmente a mulher apresenta maior tendência para exprimir irritabilidade, sentindo-se mais deprimida e inevitavelmente com poucos recursos para superar a caminhada que tem pela frente, até porque esta se encontra mais vulnerável não só por toda a estimulação que sofre, como pela manipulação hormonal.
Neste sentido reconhecemos que não só é bastante benéfico, como fundamental face ao restabelecimento da parte psíquica e física a participação em actividades que lhe proporcionem prazer, afastando outras que lhe causam sofrimento ou que a deprimam, e por esta razão, a mulher quanto melhor preparada e esclarecida estiver, melhor conseguirá identificar o que lhe fará bem em detrimento do que lhe causa maior desgaste, conseguindo gradualmente sentir maior estrutura emocional aprendendo a reorganizar prioridades nas suas escolhas e actividades.
Tudo isto fará a diferença, até porque ao longo dos tratamentos face à probabilidade de enfrentar resultados negativos, e muitos deles recorrentes, o casal assume o seu desânimo e descrença, chegando mesmo a considerar abandonar os tratamentos, sobretudo após o inicio de cada ciclo menstrual como uma derrota perante uma tentativa frustrada após um mês de esperança, duvidando do recomeço de um novo ciclo em que terão novamente restruturar confiança, força emocional e esperança.
Para que possam beneficiar desse suporte, devem considerar a terapia integrada nas consultas médicas, de forma a trabalharem a sua resiliência, avaliando futuras possibilidades, alcançando novas perspectivas.
As mulheres que padecem de uma patologia que remete para a presença da doença crónica, como é o caso da Endometriose, não só devem como necessitam de serem devidamente acompanhadas por especialistas e em circunstâncias diferenciadas, não só na questão reprodutiva, como também do ponto de vista clínico da sua saúde física e psicológica.
Sim. Até aqui na PsicoFértil já tivemos alguns casos em que as próprias mulheres não reconheciam a sintomatologia que escondia uma doença pélvica, até porque ainda não lhe tinha sido diagnosticada. Em alguns casos as próprias mulheres inicialmente apresentaram apenas a queixa sobre a sua impossibilidade em engravidar e com o decorrer das sessões indiciavam sintomas mais específicos, começando a considerar o comprometimento de diagnóstico de doença pélvica, nestes casos pontuais, em que houve uma suspeita, tivemos a sensibilidade para encaminhar e referenciar médicos especializados na área, tendo-se vindo posteriormente a confirmar o diagnóstico de Endometriose.
Ambas possuem traços de personalidade por vezes bastante semelhantes não só perante o relato de ansiedade, como pela forma como lidam com os problemas e angustia vivenciada advinda da frustração de não conseguirem engravidar, embora as mulheres que possuem doença crónica pélvica, apresentam maior negativismo face às expectativas e taxa de sucesso em relação aos tratamentos. No entanto e através da nossa experiência, no campo da Endometriose, existe um foco constante de preocupação com o desenvolvimento galopante da doença que está bastante relacionado com alterações não só hormonais como com o stress e a ansiedade, justificando também uma avaliação diferenciada, até porque é bastante frequente estas mulheres serem sujeitas a intervenções cirúrgicas para controlarem a extensão da lesão quanto à Endometriose e sua recidiva, que muitas vezes é avaliada entre moderada a severa. Existem uma procura constante e uma preocupação inerente ao controlo na tentativa de reverter a doença que se encontra em estádios mais avançados para só depois, após se restabelecerem se proporem a tratamentos de infertilidade, onde será cuidadosamente avaliada a sua função reprodutiva.
A ocorrência de uma gravidez ectópica é maior nas mulheres que possuem as trompas de Falópio obstruídas, uma vez que o embrião começa por se desenvolver fora do útero sendo que na maioria das vezes em que tal acontece os embriões localizam-se nas trompas. Os sintomas mais frequentes que podem evidenciar a ocorrência de uma gravidez ectópica manifestam-se na generalidade por dor persistente na parte inferior do estômago e sangramento vaginal. Caso ocorra algum destes sinais deverá de imediato contactar o seu médico assistente.
Ao longo dos anos alguns hábitos de vida adquiridos por parte de todos nós, foram considerados como menos saudáveis uma vez que tanto o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, de drogas, o sedentarismo e o stress vivenciado na nossa rotina, poderão vir a comprometer a capacidade reprodutiva do Ser Humano.
A vivência de inúmeras preocupações que ocupam a nossa mente e, por conseguinte, no nosso Sistema Nervoso, poderão ter um impacto negativo e bastante intenso no Sistema Límbico (área cerebral responsável pelas emoções), localizado muito próximo do hipotálamo, afectando a região responsável pela libertação de hormonas que estão envolvidas na ovulação (FSH e o LH).
Talvez este factor entre outros envolventes, sejam preponderantes quando uma mulher tenta a gestação, sendo aconselhado investir em técnicas de relaxamento, a prática de exercício físico que permita aliviar o stress como o ioga e o pilates.
Não é regra. No entanto para algumas mulheres poderá demorar um pouco mais a conseguir engravidar, por norma a fertilidade poderá demorar entre um a três meses até que seja restabelecida, até porque na maioria dos casos a ovulação costuma ser recuperada logo a medicação (pílula) seja interrompida.
A vitamina B9 é reconhecida como requisito e de certo modo facilitadora para quem tenciona gerar um filho, prevenindo malformações e bastante importante no desenvolvimento do Sistema Nervoso do embrião, sendo recomendado o inicio desse suplemento nos primeiros três meses antes da gestação e manter até completar o 1.º trimestre de gravidez.
É a situação em que a mulher perde o seu bebê (embrião) pelo menos três ou mais vezes recorrentes, com menos de 20 semanas de gestação.
A taxa de aborto espontâneo pode chegar até 20 a 30%.
Ocorre em 10% das mulheres que já tiveram o primeiro aborto. Isto é, a cada 100 mulheres que engravidam duas ou três poderão ter abortos repetidos.
A causa mais frequente é cromossômica. Cerca de 75% das gestações perdidas são decorrentes de anomalias cromossômicas.
Sim, isso é verdade. Ainda que este acontecimento possua alguma naturalidade, para o casal é extremamente frustrante uma vez que passam pela experiência de um sonho interrompido, sendo que é o organismo que se defende e interrompe a gestação.
Os restantes motivos podem ter uma causa uterina, infecciosa, imunológica, autoimune, hematológica e hormonal.
O ser humano tem 46 pares de cromossomas e dois cromossomas sexuais, XX para mulher e XY para o homem respectivamente. Os cromossomas são identificados por números. As alterações mais comuns encontram-se nos cromossomas de números 13, 15, 16, 17, 18, 21 e 22. Existindo ainda outras alterações comuns implicadas nos cromossomas sexuais X e Y, como por exemplo, a Síndrome de Turner – 45X.
Existem algumas alterações relacionadas com parte anatómica do útero impedindo o desenvolvimento da gestação, entre as quais se destacam: o septo uterino, aderências uterinas e os miomas. Por outro lado, o útero unicorno, bicorno e didelfo podem dificultar a gestação, mas não causam com frequência o aborto.
Poderão ser bactérias, como por exemplo, Ureaplasma Urealytum e Listeria Mocytogenes. A Toxoplasmose e viroses também evidenciadas pela Rubéola, Herpes Simples e Citomegalovírus podem também ser responsáveis.
Qualquer Organismo possui um Sistema de defesa face à invasão de qualquer corpo estranho, sendo que é admitido um único que possui permissão para permanecer no organismo o embrião. Assim sendo a mulher deve ter um mecanismo que reconhece a gestação e a considere “bem-vinda” ao organismo. Para isso, existe um mecanismo interno que deve proteger o futuro bebê contra o ataque dos anticorpos. Quando este sistema de reconhecimento falha, a gravidez é atacada e eliminada. Esse sistema protetor é estimulado pela reação imunológica entre o feto e a mãe, semelhante à reação do organismo a um órgão transplantado. Isso porque o embrião traz um componente genético do pai, e é considerado um corpo estranho. Se o componente genético paterno tiver semelhança com o da mãe, não ocorrerá a reação imunológica e consequentemente não será ativado o sistema protetor, e o feto não será atacado.
Existem casos em que os indivíduos desenvolvem anticorpos contra os próprios tecidos e órgãos e por isso são chamados de doenças autoimunes, entre as quais se destaca: Lupus, doenças de tiróide ”Graves & Basedow” e outras doenças reumáticas. Os possíveis tratamentos a avaliar clinicamente poderão ser à base de aspirina e corticoide.
Algumas pacientes podem ter uma coagulação sanguínea exacerbada diante de situações hormonais específicas como a pílula anticoncepcional e a gravidez. Se houver este problema haverá uma tendência a trombose na circulação placentária, um desenvolvimento diminuído do feto, ou mesmo morte fetal e consequente aborto.
As hormonas também podem ter um papel responsável face à probabilidade de ocorrer o aborto sendo mais comum ocorrer quando a progesterona está em falta. É a chamada deficiência do corpo lúteo que é o resto do folículo ovulatório que fica no ovário após ovulação. Ele deve fabricar a progesterona que “sustenta” a gravidez nos primeiros meses de gestação. Quando existe uma deficiência poderá ocorrer o aborto. Existindo ainda outras hormonas como a prolactina, segregada pela hipófise e tiróide também implicadas nas possíveis causas de aborto.
Embora seja considerado como mais prudente e correcto aguardar que ocorra pelo menos três abortos para que se tome a iniciativa de pedir exames específicos que avaliem a causa que compromete uma gestação que não evolui, para o casal é muito difícil esperar tanto tempo. Na prática, embora um aborto ocorra normalmente em pelo menos 20% das gestações naturais, a decisão para pedir exames específicos caberá ao médico, avaliando ao mesmo tempo o índice de ansiedade, o desejo e a disponibilidade econômica do casal para realizar esses exames.
O diagnóstico de infertilidade é um problema do casal e não individual, e deve ser tomado em consideração o rastreio em termos de exames tanto no homem como na mulher, até porque no caso masculino os exames de diagnóstico são menos evasivos e poderão proteger a mulher no inicio do processo terapêutico, já que a mesma irá ser submetida de igual modo a exames e tratamentos que a estimularão hormonalmente e que a irão colocar numa situação mais vulnerável.
O mais simples e fundamental é o espermograma. Os restantes exames complementares poderão implicar a Ecografia da bolsa escrotal, avaliação hormonal e cromossômica ou até mesmo genética, que só deverão ser solicitados quando o espermograma apresentar alterações em termos de diagnóstico.
A principal é a varicocele, que são veias dilatadas ao redor dos testículos, semelhantes a varizes. Essas veias dilatadas aumentam a temperatura local, interferindo na produção espermática. Apresentando-se entre 15-20% da população masculina em geral, comparativamente em homens com infertilidade 35-40% e por último 60-80% dos homens com infertilidade secundária, isto é, já tiveram filhos numa época anterior. As restantes causas poderão envolver infecções e as causas genéticas.
Das infecções genitais que podem comprometer a infertilidade masculina destacam-se as seguintes como sendo consideradas as mais importantes: Neisseria gonorrhoeae, Clamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum e Mycoplasma homimis. Todas essas são diagnosticados por exames laboratoriais e tratados com antibióticos, sem dificuldades.
Apenas quando se considerar necessária uma avaliação complementar ao exame clínico. Após avaliação de presença ou não de varicocele, se o médico considerar, e o tamanho dos testículos justificar no caso da falta de espermatozoides (azoospermia), permitindo dar uma ideia inicial acerca da capacidade que os testículos têm em produzi-los.
Alguns indicadores clínicos apontam que por exemplo o cigarro é aquele que possui maior destaque, que comprovadamente interfere na concentração do sêmen e também diminui as possibilidades de resultados positivos nos tratamentos de Reprodução Assistida, assim como o álcool, stress e o exercício físico em excesso atrapalham, bem como o consumo de drogas e o uso de roupas apertadas na região da bolsa escrotal, obesidade e sedentarismo igualmente podem ser considerados factores prejudiciais.
Ainda que não haja correlação científica que o comprove, alguns suplementos como vitamina E, vitamina C, ácido fólico, zinco, selênio, ômega 3 e outras com função antioxidante, podem melhorar a qualidade do esperma. Os antioxidantes combatem os radicais livres, substâncias consideradas tóxicas para o organismo. Os alimentos que contêm zinco são: carne bovina, fígado de galinha, carne de peru escura, ostra, feijão e gérmen de trigo. Para ácido fólico: Alimentos recomendáveis: feijão, lentilha, grão de bico, espinafre, alface romana, brócolos, fígado de galinha, laranja e abacate.
As dosagens hormonais são indicadas em exames que demonstrem uma concentração baixa de espermatozoides. As principais hormonas são: FSH, LH, Testosterona, Androstenediona, Sulfato de Hidroepiandrosterona, Prolactina e Estradiol.
Sempre que se verifique através de avaliação clínica uma baixa quantidade de produção de espermatozoides (inferior a 5 milhões). Nos homens que sofrem de azoospermia (ausência de espermatozoides) essa pesquisa deverá ser aconselhada.
Primeiro inicia-se a investigação pelo cariótipo, exame de sangue que permite um “mapeamento” dos cromossomas do homem, só posteriormente serão solicitados exames específicos para aferir a probabilidade genética como por exemplo do Síndrome de Kallmann, Kartagener, Síndrome de Klinefelter, Microdeleção do cromossoma Y, Prader-Willi, Síndrome X Frágil, Fibrose quística, Kennedy Disease.
É indicada para elucidar a origem da azoospermia – se obstrutiva (obstrução dos canais que levam os espermatozoides do testículo para o exterior na ejaculação) ou não-obstrutiva (falha na produção dos espermatozoides no testículo).
Na vasectomia é cortado o canal deferente, que leva os espermatozoides do testículo para o exterior durante a ejaculação. Portanto, a vasectomia, não afeta a produção de espermatozoides nem das hormonas masculinas não existindo qualquer influência no desempenho sexual.
Sim, mas é necessário a ajuda médica através de técnicas especificas como por exemplo pela a aspiração dos espermatozoides diretamente do epidídimo ou biópsia testicular, para que posteriormente os gametas masculinos sejam encaminhados para o laboratório e os óvulos fecundados através da técnica de ICSI – Microinjeção Intracitoplasmática.
O tempo de vasectomia não impede que o homem tenha filhos. Não importa se foi há 10, 15 ou 20 anos, a produção de espermatozoides é contínua ao longo do tempo.
Existem várias causas que podem levar à perda de um bebé nas primeiras semanas de vida intrauterina. O homem pode ter também a sua implicação na medida em que devem ser exploradas e avaliadas do mesmo modo que na mulher o que poderá ter originado aquela gravidez não evolutiva.
Os principais exames que devem ser solicitados para investigar possíveis causas masculinas são:
Espermograma
Pesquisa da fragmentação do DNA do espermatozóide
Cariótipo – Pesquisa Genética/Cromossômica
Por outro lado existem exames genéticos aos embriões que permitem investigar antes da implantação para o diagnóstico precoce de doenças cromossômicas e genéticas: Diagnóstico Genético Pré-implantacional
No Diagnóstico Genético Pré-implantacional destacam-se dois tipos de avaliação que podem ser promissores na investigação face à dificuldade implantacional. Tanto um como o outro, PGD: avaliação genética (Pré-Implantation Genetic Diagnosis) e o PGS: avaliação cromossómica (Pré-Implantation Genetic Screening) são exames que podem ser utilizados no processo de tratamento (FIV), com o objetivo de diagnosticar nos embriões a existência de alguma doença genética antes da implantação no útero da mãe.
Quando é indicativo e referenciado pelo médico existe a opção de poder avaliar a probabilidade ou não de ocorrência de problemas genéticos como a Síndrome de Patau (trissomia do cromossoma 13), Síndrome de Edwards (trissomia do cromossoma 18), Síndrome de Down (trissomia do cromossoma 21), Síndrome do Klinefelter (47XXY), distrofia muscular, hemofilia, entre outras anomalias genéticas, permitindo avaliar se o embrião possui tais doenças através destes exames.
Na maior parte dos casos clínicos, o médico só considera aceitável a indicação para realizar este tipo de exames em casais que possuam uma história familiar onde existe a presença de anomalias cromossómicas, ou de cariótipo alterado por parte de um dos membros do casal, abortos de repetição sem causa conhecida.
Tanto o PGD como PGS permitem analisar a probabilidade de anomalias genéticas embrionárias possibilitando através das células do embrião (biópsia embrionária), e encaminhado para análise, avaliar a qualidade do embrião e comprometimento em termos de implantação que possa vir a predizer a falha de implantação gestacional, mesmo antes do embrião ser transferido para o útero.
Este procedimento não afecta o futuro bebé. Porém estas técnicas não devem ser assumidas como um procedimento de rotina para todas as mulheres que desejam engravidar. Além do custo do exame ser bastante elevado, existem alguns princípios éticos sobretudo por parte do casal que devem ser respeitados, como na aceitação de uma seleção natural e/ou a não concordância em descartarem os embriões que apresentem problemas.
O Programa de Intervenção Psicológica em Infertilidade pretende identificar e avaliar no casal o desajuste emocional, motivação e crenças que o desgasta não os possibilitando evoluir tanto quanto desejável em termos de aceitação sobre a sua infertilidade, condicionando o seu suporte e confiança emocional ao longo dos tratamentos.
O Programa foi concebido para intervir através de sessões ajustadas às necessidades de cada casal tendo como propósito melhorar sintomas de ansiedade, stress, como as suas dificuldades de comunicação (família, amigos, relações profissionais e equipa médica).
Através de uma metodologia interventiva especifica, na qual são avaliadas várias áreas da saúde da mulher e do casal, o protocolo permite restruturar a auto-estima e vida intima do casal, indicando técnicas que possam aprender para melhorarem o seu auto-controlo e possibilitem igualmente restabelecer a sua capacidade psíquica, trabalhando a sua restruturação cognitiva e emocional de forma a que o casal promova estratégias, melhorando a sua qualidade de vida face à infertilidade, sendo que ao manter uma atitude positiva, controlando a sua ansiedade, terão uma maior probabilidade de aumentar a taxa de sucesso face ao tratamento.