O presidente do Conselho Nacional da Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) defendeu a criação de um centro de preservação da fertilidade para doentes que venham a ser submetidos a tratamentos oncológicos.

A recomendação é feita no relatório da CNMPA referente a 2009, apresentado recentemente pelo presidente do conselho, o juiz desembargador Eurico Reis, na Comissão Parlamentar da Saúde.

Segundo o documento, devem ser criados dois centros – um no Norte e outro no Sul –, localizados em estruturas hospitalares. O objectivo é a recolha e criopreservação de espermatozóides, óvulos e tecido ovárico de doentes oncológicos para uso futuro, atendendo à repercussão dos tratamentos na função reprodutiva, aliada à “felizmente crescente taxa de sobrevivência dos doentes”, explicou.

Segundo Eurico Reis reiterou também a necessidade da criação “urgente” de um centro público para recrutamento, selecção, recolha, criopreservação e armazenamento de gâmetas (espermatozóides e óvulos) e de dadores terceiros, que dê resposta cabal e consistente a esta necessidade social.