Inseminação Artificial:
Consiste na colocação artificial do sémen na cavidade uterina. O processo desenrola-se em três fases:
1.ª: É a estimulação ovárica e dura aproximadamente 10 dias;
2.ª: É a preparação do sémen, em que se seleccionam os espermatozóides móveis com maior capacidade de fecundar os óvulos;
3.ª: Diz respeito à inseminação propriamente dita, que é realizada no consultório, sem anestesia.
Após a inseminação, feita através de uma cânula plástica, a mulher repousa alguns minutos.
Num primeiro ciclo, a taxa de sucesso é de 20% a 25 % mas a taxa acumulada, depois de quatro tentativas, sobe para os 60%.
Destas gestações, cerca de um terço dá origem a gémeos.
Fecundação in Vitro (FIV):
Em meio laboratorial, os espermatozóides são colocados em contacto com os óvulos, de forma que ocorra a junção das células, ou seja, a fecundação.
A FIV desenrola-se em cinco fases:
1.ª: É a estimulação hormonal, durante 10 dias;
2.ª: É a extracção dos óvulos, mediante anestesia local ou sedativos;
3.ª: É a inseminação (junção dos espermatozóides e óvulos);
4.ª: É o cultivo dos embriões (óvulos fecundados), de forma controlada durante alguns dias, para melhorar a sua capacidade de implementação;
5.ª: Última fase, corresponde à transferência dos embriões para o útero da mulher.
Normalmente, transferem-se apenas dois ou três embriões, de forma a limitar a possibilidade de gravidez múltipla.
A escolha de um método mais complexo mas também mais eficaz, como a FIV, depende de vários factores. Por exemplo, tentativas infrutíferas com o método anterior ou a idade avançada da mulher.
Este é também um método mais invasivo, que requer uma maior estimulação ovárica (necessária à extracção de óvulos), mas a eficácia pode chegar aos 60% no primeiro ciclo, conseguindo-se taxas superiores em ciclos posteriores.
Micro-injecção Intracitoplasmática (ICSI):
A micro-injecção intracitoplasmática (ICSI) é uma das técnicas que melhor exprime o “estado da arte” na procriação medicamente assistida e pode ser considerada um submétodo da FIV.
Uma das principais diferenças é que um único espermatozóide vivo é destinado a cada óvulo, e injectado directamente no seu interior, o que exponencia a eficácia da fertilização.
Esta técnica permite gerar vida a partir de espermatozóides imóveis, em quantidade ou qualidade insuficiente para uma fecundação “normal”, já que são muitas vezes extraídos directamente dos testículos.